Comunidade Evangélica Luterana "Cristo"

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CULTOS: 1º DOMINGO DO MÊS: ÀS 19H; OS DEMAIS DOMINGOS: ÀS 9H

sábado, 29 de junho de 2013

Segue-me!

 Tema: Segue-me!
GoVal/Conselheiro Pena 30/06/2013
Régis Duarte Müller
6° Dom Ap Pentecostes – 30/06 a 07/07/2013

Textos Bíblicos: Salmo 16; 1 Reis 19.9b-21; Gálatas 5.1,13-25; Lucas 9.51-62

Você aceitou Jesus? Quem aceitou Jesus? São muitos os que dizem ter aceitado a Jesus, mas quando o assunto é segui-lo, são poucos os seus seguidores! Na bíblia encontramos vários personagens que ‘aceitaram’ a Jesus, mas na hora de colocar em prática não agiram assim (os 10 leprosos, apenas um voltou; o jovem rico não quis deixar suas coisas para seguir a Jesus; Alguns precisam despedir-se ou sepultar um familiar; o próprio Elias, profeta de Deus estava tentando desviar seu caminho por temer a morte), é fácil aceitar Jesus, difícil e vive-lo!
Quando lemos o texto do Evangelho para hoje nos deparamos com duas situações: 1° Os samaritanos não receberam Jesus e seus discípulos (como eram de povos distintos e não se davam bem, eles negaram ajuda – prática costumeira entre aqueles povos); 2° Jesus coloca à prova aqueles que queriam segui-lo (isso porque muitos declaravam querer ir com Jesus, no entanto, não deixavam para trás seus pertences e familiares). Seguir a Jesus é uma mudança de vida.
O Evangelho do Dia (Lucas 9.51-62) trata severamente a situação de muitos ‘seguidores’ de Cristo. Pois são muitos os que dizem ter aceitado Jesus, muitos são os que dizem querer segui-lo, mas poucos de fato, são os que deixam tudo para trás para fazer o que Jesus espera.
Aplicando os exemplos para nossa vida, quais seriam nossas atitudes? Estenderíamos a mão a alguém necessitado mesmo que fosse um ‘inimigo’? O que tenho feito para Cristo? Na verdade, o que tenho deixado de fazer em minha vida (algo particular, de interesse unicamente próprio) para seguir a Cristo?
Seguir a Cristo é viver a liberdade que ele nos conquistou. Fomos libertos da escravidão do pecado, mas como seguidores de Cristo nossa liberdade é limitada a amar o próximo. Neste instante precisamos fazer sacrifícios para seguir a Cristo. Olhar para trás é um erro, pois Jesus diz: “ninguém que tendo posto mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus” (v.62).
Vivemos em certa zona de conforto, e gostamos dela. Na verdade, somos escravos do próprio bem-estar. Seguir a Cristo significa deixar de lado tal bem-estar e trabalhar em prol do próximo e da obra de Cristo.
Essa foi a liberdade que Cristo conquistou. Todos foram comprados pelo santo e precioso sangue de Cristo, e é nesse sentido que Paulo nos diz: “Permanecei, pois, firmes na liberdade para a qual Cristo nos libertou” (Gl 5.1).
Paulo admoesta para a vigilância e persistência, as quais são necessárias para seguirmos firmes a verdadeira liberdade, que o próprio Paulo explica: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor” (Gl 5.13).
Paulo explica como devemos usar a liberdade conquistada por Cristo. Primeiro ele apresenta os frutos da carne, os quais, precisamos evitar. Acontece que muitas vezes, ao invés de interpretar tudo da melhor maneira, preferimos alimentar intrigas, e por isso Paulo chama atenção: “Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos” (v.15).
Em seguida Paulo preocupa-se em separar o que vem do Espírito e o que são obras da carne, iniciando pelas obras da carne: “prostituição, impureza, inimizades, porfias (teimosia, discussão), ciúmes, iras, discórdias, dissensões (desacordo de ideias, opiniões, interesses), facções (disputas entre grupos políticos, por exemplo), invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas”. Paulo afirma que todos estes que assim procedem não herdarão o reino de Deus.
Por outro lado, Paulo destaca os frutos do Espírito: “amor, alegria, paz, longanimidade
(suportar com paciência a provação), benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (v.22,23).
Por causa de Cristo, o que faz parte da carne, com suas paixões e concupiscências (avidez, ganância, apetite sexual) devem ficar para trás, de modo que, se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito (v.24,25).
Todos devem lembrar o que Jesus disse àqueles que desejavam ser seguidores: “Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus” (Lc 9.62).
Na verdade, seguir a Jesus exige dedicação, esforço e sacrifício. É necessário sair da zona de conforto, do bem-estar que desfrutamos e colaborar para o crescimento do reino de Deus. Isto significa olhar para frente, cuidar com as distrações e carregar a liberdade conquistada por Cristo para servir uns aos outros. Afinal, se queremos uma lei, escutemos as palavras de Paulo: “Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Gl 5.14).
Sendo assim, se o Espírito Santo tocou seu coração e criou a fé salvadora, se você está disposto a contribuir para o crescimento do reino de Deus, e à prática da verdadeira liberdade, deixe a zona de conforto e o bem-estar para trás, arremangue as mangas e dedique-se para Cristo que está te dizendo neste instante: Segue-me. Amém.


Auxílios para anunciar a Boa-Nova: Perícopes da Carta aos Gálatas na pregação de Martinho Lutero.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Perdoados são os Teus Pecados

Tema: Perdoados são os teus pecados.
GoVal/Ipatinga 16/06/2013
Régis Duarte Müller
4° Dom Ap Pentecostes – 16/06 a 23/06/2013

Textos Bíblicos: Salmo 32.1-7; 2 Samuel 11.26-12.10,13-14; Gálatas 2.15-21; 3.10-14; Lucas 7.36-8.3

Convido a todos a meditarmos na Palavra de Deus tendo como base os textos destinados a esta semana, especialmente o Salmo 32, que é o segundo dos sete salmos de “arrependimento” (6, 32, 38, 51, 102, 130 e 143). Neste Salmo, Davi chama atenção sobre a necessidade de falar, de confessar os erros cometidos, entendendo que a culpa reprimida se torna um fardo insuportável.
Davi fala de algo que tem afetado de forma bastante expressiva as pessoas do presente século. Na verdade, um dos grandes problemas enfrentados pelas pessoas chama-se: “Depressão” ou “Estresse”, também conhecido como “o mal do século”. Ela surge exatamente por deixarmos de falar e compartilhar os problemas. Portanto, a necessidade de falar e confessar os pecados se torna algo fundamental para a saúde, tanto física quanto espiritual.
Acontece que as pessoas não tem dado mais tanta importância para os ensinos da Palavra de Deus, e por isso buscam ajuda em profissionais do mundo. Acontece que é exatamente isso que os psicólogos de hoje afirmam, como podemos ver: "O que não é dito faz escrita no próprio corpo. Obstruindo uma veia, destruindo um órgão, abrindo feridas ou descamando a pele do corpo. Feridas que mostram que as coisas não vão bem, que algo não está sendo dito, em palavras" (Andreneide Dantas, Psicóloga e Psicanalista, http://www.escutaanalitica.com.br/psico.htm).
Esta é a constatação de uma profissional de nossos dias da área da saúde e emocional das pessoas, demonstrando a importância de falar a respeito das coisas que estão trazendo aflições. Esses problemas podem surgir do stress do dia-a-dia, pode ser a ansiedade que ataca, além dos pecados que não são confessados.
O rei Davi nos diz algo muito parecido com as palavras da psicóloga, chamando atenção à importância de falar e/ou de confessar os pecados: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia” (Sl 32.3). Davi reconhece o quanto estava sofrendo por deixar de confessar seus pecados.

Pecados inconfessos podem trazer sérias consequências ao ser humano, podem afetar até mesmo a saúde física levando a várias doenças, mas principalmente, pecados inconfessos significa carregar uma carga superior à capacidade, um fardo insuportável, viver em desacordo com a vontade de Deus e merecendo por isso, o castigo eterno.
Não há duvidas de que somos pessoas fortes, que temos muitas capacidades, que conseguimos resolver nossos problemas. Contudo, ser forte e capaz por acaso significa que não podemos pedir ajuda? Que não podemos falar? Que não podemos passar por ansiedade ou pecar?
O próprio rei Davi afirma em outra ocasião “em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5), demonstrando que somos pecadores por natureza, que já nascemos pecadores e pré-dispostos ao erro.
O pecado está presente em nossa vida, e ninguém é capaz de ser perfeito, santo. O pecado nos aflige a consciência, causa sofrimento e nos afasta de Deus. Viver em pecado é escolher abandonar a presença amorosa de Deus. Viver em pecado é sentir a mão de Deus pesando dia e noite, acabando com todo vigor (Sl 32.4).
Os pecados são uma triste realizada na vida das pessoas, e por causa dos nossos pecados enfrentamos muitos problemas: doenças, ansiedades, e principalmente, merecemos a morte. Davi merecia a morte, reconheceu isso, mas Deus o perdoou e Davi não morreu.
Ora, pois, os pecados podem ser perdoados sim, por mais graves que possam parecer. Deus é amor, Deus é misericórdia e quer perdoar o mundo inteiro, por isso enviou seu único filho ao mundo. É nesta situação que surgem as perguntas: Queremos receber o perdão de fato? Mas então, porque não confessamos nossos erros? Davi diz que após confessar os pecados sentiu-se aliviado, pois Deus perdoou a sua maldade.
Esse é o grande ponto. Os psicólogos e psicanalistas dizem: se existem problemas, fale. Foi isso que Davi constatou, e assim ele agiu: “Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado” (Sl 32.5).
Não precisamos temer, não precisamos imaginar o que os outros vão pensar. Na verdade, precisamos falar – confessar os pecados para aliviar a carga pesada que tentamos carregar sozinhos.
Dessa forma, a fuga do sofrimento e das doenças é correr para nosso Advogado, Jesus Cristo, o Justo. É Jesus que irá assumir a nossa ‘bronca’, pleitear o nosso caso e obterá o perdão para nós. E no fim, nos dirá: “Perdoados são os teus pecados” (Lc 7.48).
A confissão de Davi é a experiência de todos os cristãos. Quando se calou, resistindo a Deus, a luta íntima entre a consciência e a convicção secou o próprio vigor da vida. Mas, quando disse: “confessarei... as minhas transgressões”, então, Deus o perdoou.
Deus nos perdoa das nossas maldades, não importa quão imensa possa parecer. Mas não apenas isso, ele também nos mostra como agir. Como diz o SENHOR: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir” (Sl 32.8ª).


Deus nos aceita como somos e nos diz: "Perdoados são os teus pecados". Demos graças ao Senhor que perdoa, demos graças ao Senhor que nos instrui e ensina o caminho em que devemos andar. Que nossa oração seja “Senhor, te peço, guia meus passos. Orienta meus pensamentos e decisões. Perdoa os meus pecados e me livra das tentações, pois sei que com teu cuidado e orientação contínua teremos Triunfo. Por teu filho, nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Amém”.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Mensagem do Presidente

   Querida Igreja!


Estamos todos preocupados e sob forte impacto diante dos últimos acontecimentos e manifestações em todo nosso país. O grande número de manifestantes nas ruas nos traz admiração, mas também, nos leva a uma profunda reflexão.
A corrupção crescente e sem consequências sobre os que a praticam de forma aviltada e descarada, a falta de segurança, os problemas na área da saúde e da educação, enfim, o povo saturou-se, o povo não consegue mais conviver com o descaso e a impunidade e, por isso, grita, se manifesta e busca justiça, decência e honra.
Dentro desse cenário, não podemos concordar e nem compactuar com o vandalismo e extremismo, que, na verdade, foi e é praticada por um grupo pequeno de inconsequentes.  O caminho não é com a violência, nem o vandalismo, pois, no final, nós mesmos temos que pagar a conta, pois é nosso patrimônio que é delapidado e atingido.
Chama a atenção que esse movimento não está encabeçado por uma cor partidária, pelo contrário, há um clamor para que seja isento, um movimento apolítico, direcionado a todos que nos governam e que deveriam zelar pelo bem estar do povo e não dos seus interesses mesquinhos e egoístas.
O grande batalhador pela justiça e pelos direitos humanos, Martin Luther King disse: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas, sim, o silêncio dos bons.” Nesse sentido a Igreja Evangélica Luterana do Brasil, apoia um movimento democrático, na luta pela moral, pela ética, pela justiça e pelo bem-estar do povo brasileiro, repudiando atos de violência e vandalismo, buscando sempre o caminho da paz e do amor.
Conclamamos o povo luterano para que inclua em suas orações nosso país.  Peçamos a ajuda daquele que é Senhor sobre tudo e sobre todos.   Coloquemos nossa vida e o destino do nosso país em suas mãos, pedindo para que Deus dê sabedoria, humildade, bom senso e atitude aos nossos governantes, no sentido de exercerem sua função com dignidade e responsabilidade, defendendo os interesses de um povo sofrido e carente, na busca da felicidade, da harmonia e do progresso.
O salmista disse, na Bíblia Sagrada: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor.” Salmo 33.12. Esse é o nosso desejo. Esse é o nosso sonho, um povo ligado ao seu Criador, amando e confiando em Cristo Jesus como seu Salvador, e deixando que o Espírito Santo possa agir em suas vidas e corações, através da Palavra de Deus e assim, respondendo a esse amor com uma vida digna, honrada, decente, honesta e carregada de amor.
    
Pela Igreja Evangélica Luterana do Brasil

Pastor Egon Kopereck - Presidente

terça-feira, 11 de junho de 2013

Visitação Hospitalar

Membros da Comunidade Evangélica Luterana Cristo viveram emoções muito legais no Sábado do dia 01 de Junho de 2013 ao realizar visitação a um Hospital da cidade, pessoas internadas e em tratamento de Hemodiálise. O sr Alvimar, Gesiane e Scheila, além do pastor Régis.
Foram distribuídos vários Livretes de Esperança, entoados hinos, bem como reflexões seguida de oração realizada pelo pastor e membros.
Este dia foi importante pois abriu caminho para um trabalho muito importante que visa levar o Evangelho de Esperança a pessoas abatidas pela dor e sofrimento causados pela fragilidade da vida. Com o espaço adquirido novas visitas poderão acontecer, e mais pessoas poderão dizer: "Obrigado, estava precisando muito ouvir e receber o consolo de Deus. Obrigado pelas canções, elas trouxeram alegria".

"Que a paz esteja com vocês! 




Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês" (Jo 20.21).


A Iniquidade traz a Morte. A fé em Deus, Ressurreição.

Tema: A Iniquidade traz a morte. A Fé em Deus, Ressurreição.
GoVal 09/06/2013
Régis Duarte Müller
3° Dom Ap Pentecostes – 09/06 a 16/06/2013

Textos Bíblicos: Salmo 30; 1 Reis 17.17-24; Gálatas 1.11-24; Lucas 7.11-17

Normalmente as pessoas gostam de receber visitas, pois os visitantes enchem a casa trazendo alegria, novidades e muitas conversas. Sabemos que existem vários tipos de visitas: Familiares; comerciais e de negócios; sociais; entre amigos; tem visitas que trazem noticias desagradáveis, outras boas, e assim por diante.
Nosso texto do Antigo Testamento mostra que Elias é enviado por Deus para visitar e levar uma notícia desagradável ao rei Acabe – não choveria por 3 anos e meio (Tão certo como vive o SENHOR, Deus de Israel, ... nem orvalho, nem chuva haverá nestes anos segundo a minha palavra 17.1).
Acabe não foi um bom rei aos olhos de Deus, implantou a idolatria no meio daquele povo. A seca desse período é o juízo de Deus para demonstrar que o Senhor não estava se agradando com as decisões do rei; e porque Israel estava abandonando o Deus verdadeiro para adorar falsos deuses implantados por Jezabel e seu marido, o rei Acabe.
O texto de Reis nos mostra que dentro deste período, além de visitar e levar uma notícia ruim ao rei, Elias visita uma viúva na cidade de Sarepta. Acontece que os mantimentos de sua casa eram poucos, e receber uma pessoa poderia significar falta de alimentos. Mesmo com poucas condições, ela o recebeu em sua casa, oferecendo alimento e pouso.
A viúva de Sarepta provavelmente era uma senhora muito simples, com poucos recursos, suas vasilhas estavam chegando ao fim, ela não poderia receber aquele homem em sua casa, pois os alimentos acabariam ainda mais depressa. Mas algo incrível aconteceu, durante todo tempo, as vasilhas com poucos alimentos não diminuíram (v.16). Mas algo muito
triste aconteceu, o filho da viúva adoeceu gravemente e veio a morrer.
A morte do filho levou a mulher a pensar e fazer alguns questionamentos àquele homem de Deus: Que fiz eu, ó homem de Deus? Vieste a mim para trazeres à memória a minha iniquidade e matares meu filho? (v.18). O texto fala que Elias pegou o filho da viúva e o levou a um quarto, orou e pediu que Deus trouxe-se a vida àquele menino (v.21). O Senhor atendeu a oração de Elias e o menino tornou a viver, ressuscitando (v.22). (Esse é o primeiro caso de ressurreição encontrado na Bíblia).
A morte é uma realidade na vida dos seres humanos, uma dura e triste realidade. Sabemos que todos passarão pela morte, mesmo diante dos melhores médicos, mesmo com os melhores recursos e com muito dinheiro, quando a morte vem não há nada para ser feito.
A viúva de Sarepta faz um questionamento muito interessante ao profeta de Deus: “Vieste a mim para trazeres à memória a minha iniquidade e matares meu filho?”. Ela reconhece que a morte é consequência da iniquidade das pessoas, ou seja, do pecado. De modo que, por serem pecadores, todos os seres humanos morrerão. Todos nós morreremos um dia.
A morte é apenas uma constatação da presença do pecado, que pode se apresentar duramente a nossa vida, trazendo dor e sofrimento. Mas essa dor e sofrimento podem ser passageiros, talvez durar um dia. Mas também podem ser eternos. Viver na iniquidade, não confessar os pecados, não pedir perdão a Deus – são motivos bastante fortes para a morte, não física, mas eterna.
Muitos insistem em continuar nesta situação. Muitos não se arrependem, nem se preocupam com isso. Muitos até vão a igrejas, mas continuam vazios, pensam que muitas coisas são relativas, e permanecem no erro. Todos estes sentirão a dureza da morte. Conhecerão sua crueldade da forma mais terrível. Cabe a nós questionarmos: Como me vejo nesta situação? Estou preparado para a morte?
Não temos duvida da dureza do pecado e do sofrimento que ele nos causa, principalmente através da morte. Contudo, por mais dura que seja a morte não é o fim para quem têm a Deus, o Senhor, como auxílio.
A bíblia nos conta várias histórias de ressurreição, o filho da viúva de Sarepta é a primeira ressurreição, e nos traz uma grande lição de amor e fé. Veja, a iniquidade causa a morte, mas a fé em Deus traz a ressurreição, ou seja: A Vida.
Deus demonstra ao Povo que Ele é o SENHOR, o Deus verdadeiro, e que Elias é seu profeta. Os fatos testificam isto: Na seca, corvos sustentaram Elias. Na falta de mantimentos, as vasilhas da viúva nunca secaram. Até na morte, a vida se apresentou, de modo que Tudo está no Controle do SENHOR. É o Senhor que permite a seca, é ele que manda a chuva. É o Senhor que permite a morte, é Ele que gera a vida.
Todas essas coisas aconteceram em um contexto pagão, de pessoas que adoravam a falsos deuses (Baal). Foi neste contexto que surgiu uma grande confissão de fé: “Nisto conheço agora que tu és homem de Deus e que a palavra do SENHOR na tua boca é verdade” (1Rs 17.24).

No relato de 1 Reis podemos perceber que a iniquidade traz a morte, mas a Fé em Deus, Ressurreição. Vamos continuar a chorar pela morte de pessoas queridas, vamos sofrer diante da morte, mas Deus estará sempre conosco. Ele é nosso socorro, refúgio e fortaleza.
Diante da morte, mesmo diante dos melhores médicos, mesmo com os melhores recursos e com muito dinheiro, quando a morte vem não há nada para ser feito. É nesse sentido que (Contam) os três últimos desejos de Alexandre, o Grande, foram: 1. que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época; 2. que todos os seus tesouros conquistado fossem espalhado no caminho até seu túmulo; 3. que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão. Um dos seus generais, admirado com esses desejos, perguntou para Alexandre sobre as razões desses pedidos, e ele explicou: 1. Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles não têm poder de cura diante da morte; 2. quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem; 3. quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.
Que possamos compreender isso e reconhecer que na vida, o mais importante é crer em Deus, e junto com Davi, possamos pedir ajuda nas aflições da vida, pois : “Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5). Portanto: “Ouve, SENHOR, e tem compaixão de mim; sê tu, SENHOR, o meu auxílio” (Sl 30.10).


sábado, 1 de junho de 2013

Qual Evangelho nós Cremos?

Tema: Qual evangelho nós cremos?
GoVal 02/06/2013
Régis Duarte Müller
2° Dom Ap Pentecostes – 02/06 a 09/06/2013

Textos Bíblicos: Salmo 96.1-9; 1 Reis 8.22-24,27-29,41-43; Gálatas 1.1-12; Lucas 7.1-10

Sempre que vamos comprar alguma coisa fazemos uma pesquisa minuciosa. Procuramos os produtos que irão ter melhor custo x benefício. Procuramos o melhor produto, a fim de ficarmos satisfeitos após a compra, no uso diário.
Acontece que muito facilmente podemos ser enganados, pois existem muitas opções, e as propagandas iludem o consumidor com facilidade, pois as empresas trabalham com um marketing agressivo, mesmo que o produto não seja o melhor.
Acontece que esse marketing agressivo não se encontra presente apenas nos
comércios, mas igrejas e o mundo gospel também adotam essa propagando em nome de Jesus, sem, contudo, oferecer o verdadeiro sentido da missão de Cristo – A boa nova da Salvação.
Quando lemos a carta de Paulo aos Gálatas, entendemos isso um pouco melhor. O povo de Gálatas havia conhecido o Evangelho de Jesus Cristo através do testemunho de Paulo. Contudo, parece que estavam satisfeitos pela mudança que fizeram. Ou seja, largaram a fé cristã para seguir um novo caminho baseado nas obras – no cumprimento da lei. A atitude do povo de Gálatas é como a atitude do consumidor, que troca seus objetos toda vez que aparece um novo produto.
Diante desta situação, o apóstolo Paulo escreve: “Estou muito admirado com vocês, pois estão abandonando tão depressa aquele que os chamou por meio da graça de Cristo e estão aceitando outro evangelho.  Na verdade não existe outro evangelho, porém eu falo assim porque há algumas pessoas que estão perturbando vocês, querendo mudar o evangelho de Cristo” (Gl 1.6-7 NTLH).
Estes versículos demonstram não apenas uma mudança doutrinária, mas, um abandono à lealdade daquele que os chamou, Cristo. A graça em Cristo é o perdão incondicional gratuito, o qual somente pode ser recebido por meio da fé em Cristo Jesus. Aqueles que os perturbam e querem perverter o evangelho são ensinos baseados nas obras e conquistas próprias, e esta mensagem não pode ser considerada, nem chamada de evangelho.
É importante notarmos que sempre ao escrever suas cartas, Paulo costuma ser lisonjeiro, agradável e amigável, no entanto não é isso que vemos aqui (Manual Bíblico SBB). Por causa de sua grande preocupação, Paulo faz sua introdução e parte direto para o assunto: Existe apenas um evangelho. Afirmando, além disso: “Que sejam condenados
aqueles que afirmam o contrário” (v.8).
Paulo demonstra claramente que existe apenas uma mensagem e um evangelho. Mensagem esta revelada pelo próprio Cristo, de modo que a autoridade de suas palavras vem do próprio Deus. Negar seu ensino é negar o próprio Cristo.
Desta forma, a mensagem que ouvimos hoje é a mesma mensagem anunciada por Paulo. Esta é a mensagem de salvação a todos que creem. Contudo, assim como aconteceu com os Galácios, frequentemente falsos ensinos batem nossa porta tentando nos seduzir ao erro. Por vezes, a fé fraca e vacilante acaba ouvindo os falsos ‘evangelhos’ e recebendo como verdadeiros. Poderíamos perguntar, mas que falsos ensinos poderiam ser? A Salvação através das obras ou pelo cumprimento da lei e, as crenças de intermediários entre nós e Deus são falsos ensinos muito comuns.
Crer que precisamos fazer alguma coisa para a própria salvação é como tentar carregar um caminhão nas costas, por mais forte que a pessoa possa ser, ela não vai conseguir sair do lugar. E crer em intermediários, é como aquela velha brincadeira do telefone sem fio – no final, a mensagem está toda distorcida, isso se chegar.
Todos que seguem esses ensinos estão sendo enganados. Estão ouvindo os ensinos de perturbadores que querem perverter o Evangelho de Jesus Cristo. Por isso precisamos estar atentos, e a Bíblia nos adverte: “Cuidado com os falsos profetas! Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são como lobos selvagens” (Mt 7.15); Jesus também nos alerta: “Porque aparecerão falsos profetas e falsos messias, que farão milagres e maravilhas para enganar, se possível, até o povo escolhido de Deus” (Mt 24.24).
Paulo é rígido nas palavras por causa dos erros que os Galácios estavam cometendo. Como pastor e Apóstolo de Jesus Cristo, está cuidando do povo de Deus. Assim, com as palavras e ensinos de Paulo e da Sagrada Escritura, Deus continua alertando e advertindo seus filhos, hoje, em nossos dias.
A preocupação de Paulo era trazer aqueles cristãos de volta para o caminho correto. Por isso ele afirma que existe apenas um Evangelho, a saber: A Boa Nova que vem do Senhor Jesus Cristo, pois todo aquele que nele crer, mesmo que morra, terá a vida eterna (Jo 11.25).
A preocupação de Deus é com a salvação das pessoas. É isso que Paulo está fazendo, como enviado de Deus está preocupando-se e cuidando da salvação das pessoas. Em nenhum instante ele é grosseiro, mas procura amorosamente cuidar da fé daqueles fiéis que se encontravam confusos, talvez, enganados. Como ele diz: “Mas há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo” (v.7).
Ora, pois, o Evangelho é como a água de uma fonte pura da qual podemos beber para saciar nossa sede. No entanto, o outro ‘evangelho’, o evangelho pervertido, é como água misturada com veneno da qual não devemos tomar, pois causará nossa morte.

Sendo assim, que Deus permita sempre crermos no Verdadeiro Evangelho. Que esta fonte nunca seque, mas mate nossa sede até o ultimo dia, quando Cristo voltar para nos buscar. E enquanto esperamos, possamos dizer claramente a quem quiser ouvir: Eu Creio no Evangelho verdadeiro, na Boa Nova de Jesus Cristo, pois somente quem nele crer terá a vida eterna (Jo 11.25). Essa é a graça de Deus que nos foi revelada (Ef 2.8). Que assim seja. Amém