Comunidade Evangélica Luterana "Cristo"

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CULTOS: 1º DOMINGO DO MÊS: ÀS 19H; OS DEMAIS DOMINGOS: ÀS 9H

quinta-feira, 28 de março de 2019

Vídeo sobre a Quaresma


Quaresma é um período de arrependimento e auto-análise do coração. Oramos que este vídeo ajude você a entender o significado da Quaresma, quando se medita no sofrimento e na morte que Jesus teve em nosso lugar. A Quaresma é um período propositadamente mais solene, para contrastar com o magnífico Domingo de Páscoa, quando nossos Aleluias voltam, altos e claros, para celebrar a ressurreição de Jesus e a nova vida que nós temos Nele! Desejamos bênçãos a você na Quaresma, quando meditamos na cruz de Cristo, nosso Rei.
Legendas: IELBcom

sábado, 23 de março de 2019

Tragédias, Perguntas e Arrependimento


Quando nos deparamos com tragédias ficamos perplexos. Podem ser tragédias pessoais e familiares, quando vidas bem próximas de nós são ceifadas, ou também tragédias de grandes proporções, como a de Brumadinho. Diante destas tristezas, horrores e lágrimas surgem questionamentos. Por que aquelas pessoas? Por que isto aconteceu com a minha família? O que eles fizeram para merecer esta tragédia?

Nos tempos bíblicos, uma tragédia em especial foi utilizada como pano de fundo para desconstruir a ideia de que tragédias são pagamentos às pessoas más. Em Jerusalém a torre de uma muralha, no bairro de Siloé, caiu sobre dezoito pessoas e matou-as. Uma tragédia! Reparem no que Jesus disse, utilizando este fato: “e lembram daqueles dezoito, do bairro de Siloé, que foram mortos quando a torre caiu em cima deles. Vocês pensam que eles eram piores do que os outros que moravam em Jerusalém? De modo nenhum! Eu afirmo a vocês que, se não se arrependerem dos seus pecados, todos vocês vão morrer como eles morreram” (Lucas 13.4-5).

Podemos vivenciar tragédias não como castigo, mas como eventos que revelam a fragilidade da vida. Parece que tragédias e mortes prematuras são coisas apenas de jornais e notícias, mas precisamos acordar desta falsa sensação de segurança. Tudo pode acontecer conosco, hoje ou amanhã. Somos pecadores e estamos sentenciados à morte. Esta é a verdade que dói e assusta. E, por isto, como o próprio Jesus disse, precisamos estar preparados em arrependimento e perdão dos pecados, ou seja, vivendo a fé cristã diariamente.

A maior tragédia humana e divina aconteceu justamente com um inocente. Nele não havia culpa ou pecado, mas mesmo assim, seu sangue inocente foi derramado na cruz. Este sangue garante perdão ao arrependido e a eternidade ao que nele crê. Sim, Jesus foi sacrificado por nós. Ele foi ressuscitado e garante vida, mesmo depois da morte. Porque ele vive, nós também viveremos. Porque ele vive, vidas cristãs ceifadas por tragédias viverão novamente.

Então fica a dica: as tragédias que nos fazem sofrer também podem ser vistas como convites ao arrependimento, perdão e muita fé em Jesus. É importante lembrar que Deus não é indiferente às tragédias, mas é “nosso refúgio e nossa força, socorro que não falta em tempos de aflição” (Salmo 46.1).


Pastor Bruno A. K. Serves | CEL Cristo, Candelária-RS
Rádio Cristo para Todos | Folha de Candelária | Hora H Notícias

Conselho Distrital e Curso de Liderança Cristã em Belo Horizonte









quinta-feira, 14 de março de 2019

Instalação da Diretoria (2019/2020) da CEL Cristo




Semeadores da Paz

Quando alguém for tentado, não diga: “Esta tentação vem de Deus.” Pois Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo não tenta ninguém. Mas as pessoas são tentadas quando são atraídas e enganadas pelos seus próprios maus desejos. Então esses desejos fazem com que o pecado nasça, e o pecado, quando já está maduro, produz a morte. (Tiago 1.13-15)

Todos estamos chocados com a tragédia humana ocorrida ontem na escola Raul Brasil em Suzano. E em meio à surpresa, choque e a busca de explicações, há pessoas que aproveitam casos assim para entrar em discussões ideológicas e políticas. Por isso cito um parágrafo de um artigo no jornal O Estado de São Paulo sobre o caso (grifo meu):

Há dois grandes problemas. Primeiro, é um crime muito particular, já que o assassino é também suicida. Evidente que o jovem que está feliz, ativo, inserido em sua comunidade, não opta por isso. Segundo, é o risco de acreditarmos que esse é o perigo para nossos jovens. Não é. Ataques em escola fizeram menos de 30 vítimas nos últimos anos no País. Segundo o Ipea, só em 2016 foram assassinados mil vezes mais jovens de 15 a 29 anos. Fora das escolas. (Daniel Martins de Barros, jornal O Estado de São Paulo, 14/03/2019)

A violência em nosso país, portanto, faz muito mais vítimas e de muitas formas, há muito tempo. Fora os assassinatos, há pessoas que, por exemplo, usam seus carros e motos como armas, e tanto pobres como ricos se metem em brigas, uso de drogas e outras práticas que geram ou levam à violência e morte.

A raiz de tudo isso, essencialmente, não é ideológica ou política, mas é indicada na Palavra de Deus, em muitos textos. O apóstolo Tiago é muito claro: Mas as pessoas são tentadas quando são atraídas e enganadas pelos seus próprios maus desejos. Então esses desejos fazem com que o pecado nasça, e o pecado, quando já está maduro, produz a morte.

Isso é assim desde que, por causa do pecado, cultivado em seu coração, Caim matou seu irmão Abel (Gn 3.6-22). Mais tarde, o rei Davi, movido pela cobiça, cometeu adultério e este pecado o levou a cometer assassinato (2Sm 11.2-17). Nestes e em tantos outros casos relatados na Bíblia e na história da humanidade, vemos os três estágios da tentação – desejo – pecado - morte, se repetindo e causando tragédias na vida das pessoas, maiores ou menores, mas sempre impactantes.

Esse mesmo pecado e violência levou o Filho de Deus, o Amor encarnado, humilde, sem pecado e sem culpa, a ser morto cruelmente numa cruz. Essa morte também foi impactante, e graças a Deus seu impacto é muito maior e mais duradouro do que qualquer outra tragédia humana, e é totalmente positivo: sua morte produz vida!

Vida nova já neste mundo, que nos leva a lutar contra a tentação, o pecado, a violência e a morte, e vida eterna, que será perfeita com Cristo no céu!

Em meio a esta e a tantas tragédias que o pecado causa no mundo, quem tem Cristo em seu coração e vida, pode dizer com o salmista: Quando me deito, durmo em paz, pois só tu, ó SENHOR, me fazes viver em segurança (Salmo 4.8).

O melhor que podemos fazer agora, pelas famílias atingidas pela tragédia em Suzano, é orar por elas, para que através de nós e de outros cristãos, sejam consoladas em sua dor e possam conhecer este Senhor em quem nós já temos segurança, perdão e vida nova.

Quanto mais pessoas forem atingidas pelo impactante amor de Cristo, mais amor será gerado, cultivado, colhido e compartilhado, e mesmo em meio às tragédias, haverá sempre verdadeiro consolo e paz.

Como diz Tiago, a bondade é a colheita produzida pelas sementes que foram plantadas pelos que trabalham em favor da paz (Tiago 3.18). Sejamos semeadores desta paz de Cristo, começando em nossas famílias e onde mais Deus nos der oportunidade de testemunhar do seu amor.

Rev. Leandro D. Hübner – 14/03/2019
Pastor da IELB em Guaianases, Guarulhos e Arujá, SP

sábado, 9 de março de 2019

A Oração mais difícil

  No desfile da escola de samba Gaviões da Fiel nesse Carnaval Jesus é derrotado pelo Diabo. Esse fato continua repercutindo nas mídias sociais e levantado ação judicial contra a Escola. Não adiantou certa retratação que a Gaviões fez para minimizar o impacto do tema enredo ao publicar em suas redes sociais uma foto do desfile com os dizeres “Jesus venceu o mal. Ele vive”.
  De fato, Jesus foi tentado pelo Diabo durante toda sua peregrinação terrena. Logo após seu batismo, no deserto, Ele foi duramente tentado pelo Maligno. E quando se aproximava o tempo de seu sacrifício em favor da humanidade, no Getsêmani, o Tentador deu sua cartada final. Mas, em todas as tentações Jesus resistiu.
  Toda a vida de Jesus foi marcada pela realização da vontade do Pai, mas o episódio do Getsêmani evidencia a dramaticidade de sua submissão. Ao assumir sua natureza humana, o eterno Filho de Deus voluntariamente se subjugou à vontade de seu Pai e proferiu a oração mais difícil: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e, sim, como tu queres.”(Mt 26.39). O espírito de submissão filial para com a vontade do Pai fundamentava sua petição.
  Ao nos ensinar a orar o Pai Nosso Jesus sabia o que quer dizer: “Seja feita a Tua vontade ...”. Esta oração continua sendo a mais difícil para proferirmos quando vivemos situações de vida complicadas e gostaríamos que fossem do nosso jeito. É também a oração mais complicada de fazermos quando a tentação já se enraizou em nosso coração para o mal. Aí, quantas vezes é o Diabo que vence Jesus na nossa vida!
  Foi para destruir as obras do diabo que Cristo veio ao mundo (1 João 3.8). Certamente é vontade de Deus que meditemos sobre a Paixão do Salvador nesse tempo de Quaresma para não adormecermos na fé e cairmos na tentação. Jesus faz este alerta: “Orem para que não sejam tentados” (Lc 26.46).
                                                                     Edgar Lemke

ANO LITÚRGICO