Tema: Lição de Amor!
GoVal/Conselheiro Pena 14/07/2013
Régis Duarte Müller
8° Dom Ap Pentecostes – 14/07 a 21/07/2013
Textos Bíblicos: Salmo 41; Levítico (18.1-5) 19.9-18;
Colossenses 1.1-14; Lucas 10.25-37
Estatutos
são importantes, pois servem para demonstrar as intenções de uma instituição, e
os procedimentos que se devem seguir. O estatuto esclarece as regras, os
direitos e deveres de todos, e toda organização precisa tê-lo para uma melhor ordem.
A
verdade é que essas regras não são coisas novas, o próprio Senhor deu estatutos
ao seu povo, prometendo vida a quem os guardasse e cumprisse. Como vemos: “Eu sou o SENHOR, vosso Deus. Portanto, os
meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por
eles. Eu sou o SENHOR” (Lv 18.4-5).
Contudo,
estatutos não são feitos apenas para formalidades, mas para serem cumpridos.
Portanto, é necessário sabe-los, mas também, coloca-los em prática.
Nós também
temos estatutos, aos quais respeitamos, guardamos e praticamos. Estatutos
formais e estatutos informais. Alguns que são das instituições em que
frequentamos e participamos, outros sociais, como a família. Pois mesmo sem um
documento formal, eles estão presentes, afinal, temos hora para comer, hora
para dormir, hora para trabalhar, hora para se divertir... Em todo caso, o
objetivo de todas essas regras é tornar as coisas organizadas e com decência
(1Co 14.14).
As
regras e estatutos são importantes, mas precisam vir seguidas de ação. Essa
lição nós aprendemos do diálogo entre Jesus e o intérprete da Lei. O Intérprete
questiona a Jesus: “Mestre, que farei
para herdar a vida eterna?” Então, Jesus lhe respondeu: “Que está escrito na Lei? Como interpretas?”
Ele respondeu: “Amarás o Senhor, teu
Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo
o entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10.25-27).
A
resposta do intérprete é perfeita, e essa também costuma ser a nossa resposta
diante de muitas situações. Sabemos as coisas na ponta da língua, mas não
praticamos.
Sabemos
a hora que nossos pais nos querem em casa, mas chegamos mais tarde! Aceitamos e
firmamos contratos, mas muitas vezes deixamos de cumpri-los! Sabemos que não
podemos passar no sinal vermelho, sabemos que precisamos andar dentro da
velocidade permitida, mas descumprimos!
Conhecemos as leis, conhecemos as regras, mas não
cumprimos. Não cumprir as regras e as leis pode resultar em constrangimentos e
punições: Os pais dão castigos aos filhos, quebras de contratos geram multas,
assim como passar no sinal vermelho ou exceder a velocidade permitida.
Todos os estatutos estão no mundo para nos fazer viver em
sociedade. É nesse sentido, com o fim de ajudar o próximo, que Deus deixou suas
leis, que se resumem em um só mandamento muito bem exposto pelo intérprete. Nós
também conhecemos este mandamento, mas o praticamos? Sabemos quem é nosso
próximo? Ou será que fazemos distinção entre as pessoas e escolhemos a quem
ajudar?
Jesus deu uma lição de amor ao intérprete da Lei, e
também a todos nós contando a Parábola do Bom Samaritano. Também nos mostrou
que a Lei deve ser seguida de ação, atitude amorosa em prol da necessidade,
seja quem for, onde for e como for.
Também nos mostra que qualquer pessoa pode tomar decisões
erradas ou omissas, mesmo sendo Sacerdote (Pastor) ou levita (diácono/crente). Muitas
vezes ainda dizemos: “Gostaria tanto de
ajudar, mas não posso!”. O relato nos mostra que um samaritano ajudou
aquele homem. O samaritano era alguém mau visto, não fazia parte do povo da
aliança, era até hostilizado por causa de sua origem, enfim, um gentio.
Todos podem fazer o bem, estar próximo de quem precisa e
necessita. Aqueles que conhecem os estatutos de Deus devem agir assim em
resposta à fé no salvador Jesus. Afinal, “já
não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo,
vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl
2.20). O próprio Paulo repete de forma parecida dirigindo-se aos Colossenses,
afirmando a fé que possuem em Jesus Cristo e do amor quem tem uns para com os
outros “... Quando oramos por vós, desde
que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os
santos...” (Cl 1.4).
Mas o Grande Evangelho, e Lição de Amor vêm de Cristo. Ele
foi o nosso ‘samaritano’, pois estávamos jogados ao chão, praticamente mortos,
ninguém se importava.
Jesus Cristo nos levantou e cuidou de nossas feridas, nos
trouxe da morte para a vida, e ainda promete uma saúde perfeita na vida que
nunca termina.
Mas nesta vida já recebemos bênçãos. Bênçãos que vem para
nós, mas que prolongamos a quem nos cerca. A Lição de Amor do bom samaritano, a
Lição de Amor perfeito do Bom pastor Jesus apresentam o Estatuto na prática.
Não apenas na memória ou nas palavras, mas na atitude.
Queridos
irmãos, temos os estatutos para nos indicar o caminho, nos mostrar como devemos
agir, enfim. Sem dúvida precisamos agir e buscar realiza-los. Mas alguém é
capaz de cumprir a lei? Não, mas por causa de Cristo, somos ao mesmo tempo
pecadores e justos. Por natureza somos pecadores, e estamos judiados,
abandonados à margem, mas temos a promessa de Deus de que ele irá nos libertar
do pecado até nos curar completamente.
Desse
modo, sabemos que não somos perfeitos e até injustos. Mas por Cristo, por sua
lição de amor, por sua obra libertadora, temos a possibilidade de ajudar quem
nos cerca.
Não
podemos nos omitir, nem nos esquivar diante de situações de necessidade. Em
cumprimento ao Estatuto de Deus praticamos a lei do amor, não como uma ação
propriamente nossa, mas inspirada por Deus, através do Espírito Santo. Que Deus
sempre nos ajude a compreender e crer na Lição de Amor que Jesus nos deu, e que nos
inspire a viver cristãmente. Em nome de Jesus. Amém.
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