Tema: Jesus Cristo é o mesmo: Ontem, hoje e sempre.
GoVal/Conselheiro Pena 01/09/2013
Régis Duarte Müller
15° Dom Ap Pentecostes – 31/08 a 08/09/2013
Textos Bíblicos: Salmo 131; Provérbios 25.2-10;
Hebreus 13.1-17; Lucas 14.1-14
O
ser humano muda com o decorrer do tempo. Fisionomia, pensamentos, convicções,
atitudes. Foi assim comigo, é assim com todos, não é verdade?! Muitas vezes, quando
olhamos para trás pensamos: Poxa! Como pude ser assim? Como pude usar aquela
roupa. Como eu era indeciso, enfim, como as coisas mudam. Nós mudamos, às vezes
para pior, às vezes para melhor. Mas quanto a você, quais foram suas principais
mudanças?
Realmente
a mudança é algo natural na vida das pessoas, e isso necessariamente precisa
acontecer, a fim de crescermos como pessoas, como marido/esposa, como pai/mãe,
como filho/irmão. Portanto, o ser humano está em constante ‘transformação’. Mas
e Deus, muda? Jesus Cristo, também muda?
Em
vários textos bíblicos encontramos registros sobre esse assunto. Em Malaquias
3.6 diz: “Porque eu, o SENHOR, não mudo”.
E, também, o versículo 8, de Hebreus 13, que diz assim: “Jesus Cristo é o
mesmo ontem, hoje e sempre” (NTLH). Quer dizer, Deus não muda. Jesus
não muda. Mas em que sentido Jesus não muda? Afinal, enquanto esteve na terra, Jesus
mudou sua fisionomia, foi criança, adolescente, adulto. Marcos 9 conta o fato
da transfiguração de Jesus, onde Jesus teve seu rosto e até suas vestes
transfiguradas, apresentando-se diante dos discípulos em sua forma divina.
Então, em que sentido, Jesus não muda?
Como
homem, Jesus sofreu as mudanças naturais de qualquer ser humano. Contudo, Jesus
não muda em seu amor, em sua atitude benevolente, em seu poder. Desde sempre
Jesus ensina a prática do bem, da humildade, a cumprir com os deveres sociais,
a tratar seus líderes com respeito... E principalmente, o aspecto imutável de
Deus se torna presente na concretização da sua promessa, da nova aliança
através de Jesus Cristo. Nem mesmo o sofrimento que passaria fez Jesus mudar de
atitude, mas foi fiel ao Pai, fazendo-se sacrifício pela humanidade.
Portanto,
Deus não muda e suas promessas alcançam a todos. E sua principal
promessa diz
respeito à vida, não a vida passageira aqui na terra, mas a vida no porvir,
eterna.
Temos
ciência de tais coisas pelo ensino, testemunho e pregação dos guias
espirituais. Esses guias falaram “a Palavra de Deus” através de pregações e do
ensino. Por isso devem ser considerados exemplos a serem seguidos.
De fato, os guias espirituais são importantes, diria que
são fundamentais para fomentar a fé dos fiéis, promovendo seu fortalecimento
para a prática do bem. Ou seja, para cumprir com os deveres sociais, vivendo em
constante amor fraternal (Hb 13.1), praticando a hospitalidade (v.2),
lembrando-se dos presos, doentes (v.3), respeitando e honrando o matrimônio
(v.4), vivendo sem avareza, mas sendo generoso, contentando-se com o que
possui, pois Deus afirma: “De maneira
alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (v.5).
As instruções divinas são claras: Amor, hospitalidade, caridade,
fidelidade, simplicidade. Contudo, parece que o ser humano não se convence
destas coisas, afinal, a cada dia as pessoas mais individualistas (contato,
somente virtual); cada vez mais as pessoas estão preocupadas com suas
condições, preocupadas em amontoar riquezas, e cuidar do que conquistou.
Esquecendo-se totalmente das necessidades do próximo, da prática fraternal e
hospitaleira, da caridade.
Somos
tentados a olhar apenas para o próprio umbigo, para nossas necessidades, sonhos
e objetivos, esquecendo e deixando de lado qualquer possibilidade de ajudar o
próximo. Contudo, não podemos esquecer os ensinos bíblicos que nos mostram a
importância de ser um bom mordomo cuidando das nossas necessidades, mas nunca se
esquecendo de amar o próximo, assim como amamos a nós mesmos (Mt 22.39). Ou
seja, desejar e ajudar o próximo a conquistar os mesmos anseios que gostaríamos
de ter.
Quando
somos dominados pela avareza e riqueza, pelo desejo de cuidar apenas dos
próprios interesses corremos o grave risco de esmorecer a fé, afastando-se de
Deus. Muitas vezes, ansiando os melhores lugares nas festas e na sociedade,
abrimos mão do melhor lugar que já recebemos: Nosso lugar bem especial no céu,
cuidado e preparado pelo próprio Jesus.
É
bem verdade que a situação atual do mundo, o exercício da ‘lei do mais forte’
acabam quase que obrigando as pessoas a ingressarem no mundo do capitalismo, da
compra, da necessidade de trabalhar mais, de olhar para a própria vida, e por
consequência, não sobrar tempo nem dinheiro para cuidar das necessidades do
próximo, muito menos para alimentar a fé.
A
correria é tamanha que nos colocamos em situações de fragilidade: fragilidade física e espiritual,
oportunizando falsos profetas a realizarem suas ideologias de cura e
prosperidade, alimentando os fiéis ao capitalismo e consumismo, afinal, somos
filhos de Deus e ‘merecemos’, não é mesmo?!
A
verdade é que não importa a quantia de valores depositados na conta, não
importa os lugares que sentamos nos grandes eventos e festas, mas sim, a vida
de amor pela prática da fraternidade, e buscando no exemplo dos guias
espirituais o crescimento espiritual, pois assim, estamos agradando a Deus e
‘garantindo’ nossa cadeira no céu.
Contudo, mesmo nossos guias são mutáveis e passageiros,
os quais virão e partirão, mas Jesus será sempre o mesmo. Os seguidores de
Jesus podem contar com ele. Podem basear sua conduta na certeza de sua natureza
imutável. Por isso, tanto os primeiros leitores de Hebreus, quanto os atuais,
não devem perder a esperança, mas confiar no seu auxílio e provisão. Afinal: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais
te abandonarei” (Hb 13.5). Afirma o Senhor.
É
nessa certeza e esperança que continuamos vivendo. Muitas vezes mudando,
buscando pelo melhor na vida física e espiritual, tanto para si, quanto para o
próximo. Buscando os próprios anseios, mas conforme o desejo e vontade de Deus.
Afinal de contas, Deus continua cuidando dos seus filhos como sempre fez.
Podemos ter certeza disso porque Jesus Cristo é mesmo, ontem, hoje e sempre.
Amém.
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