Tema: Cadeira Cativa.
GoVal/Conselheiro Pena 25/08/2013
Régis Duarte Müller
14° Dom Ap Pentecostes – 25/08 a 01/09/2013
Textos Bíblicos: Salmo 50.1-15; Isaías 66.18-23;
Hebreus 12.4-24(25-29); Lucas 13.22-30
Creio
que todos nós temos nossos lugares preferidos, seja onde for que estivermos.
Aqui, neste culto, por exemplo, muitos de vocês devem estar sentados em ‘seu
lugar’, lugar no qual sentam em todos cultos. O mesmo deve acontecer na casa de
vocês, e em outros mais. Nós tornamos cativos determinados lugares.
Talvez
nós tenhamos um lugar cativo na Igreja, um lugar na sala (cadeira do papai) ou na mesa de refeição.
Mas posso dizer mais, temos um lugar cativo no céu. Esse lugar foi garantido
por Cristo, e ele mesmo está preparando para nós.
Contudo,
durante o tempo que passamos aqui na terra, Deus nos avisa, ensina, corrige,
porque não quer ver nenhum de seus filhos se perdendo no caminho.
O
caminho é muito estreito e com frequência encontramos estradas mais largas e
bonitas, sem, contudo percebermos que ela tem um fim. É para avisar sobre os
caminhos de enganação que Deus nos corrige e admoesta. Hora, o que Deus faz
conosco é muito parecido com a correção que nossos pais fizeram e fazem. Ou
seja, se fazemos algo errado, nosso pai nos corrige, mostra que fizemos algo
errado agindo mal, e muitas vezes nos castiga. Assim, nosso Pai do céu também
nos corrige quando agimos mal e praticamos pecados.
Deus não quer que nenhum de seus filhos se perca no
caminho, pegue a estrada errada, por isso, com amor, ele exorta e corrige. Ele
faz isso com todos seus filhos, pois não quer que nenhum se perca. Nessa vida,
as dificuldades vêm para todos, e por isso precisamos estar preparados
espiritualmente, a fim de recarregarmos nossas energias para vencer as
dificuldades.
O
texto de Hebreus nos mostra um exemplo claro de despreocupação espiritual. Com o
fim de nos alertar, para permanecermos em paz e puros, Hebreus 12 mostra a importância
de buscarmos uma vida de santificação. Esaú não tinha essa preocupação. Por
isso vendeu sua primogenitura por um banquete, e por isso foi considerado
impuro ou profano, e não conseguiu de volta o que tanto desejava. Rejeitado,
Esaú não encontrou uma forma de mudar o que havia feito (Hb 12.16-17).
Esaú abriu mão da graça que possuía, e por isso foi
rejeitado. Assim, também, nós
recebemos de Deus a graça da salvação, mesmo sem
merecer. Contudo, viver em desacordo com os ensinos de Deus, desviar da estrada
e pegar caminhos mais ‘desejáveis’, podem ser cruciais para nossa vida. Esaú
desmereceu sua primogenitura, assim ele desprezou seu direito por um prato de
ensopado. Por coisas semelhantes, muitas vezes desmerecemos ou desprezamos a
graça de Deus. Acontece que quando voltarmos a porta poderá encontrar-se
fechada. E mesmo que tentemos uma forma, assim como fez Esaú tentando receber a
bênção, ou como fizeram aqueles homens que quando voltaram e encontraram a
porta fechada. Contudo, já será tarde!
É por isso que Deus nos corrige, para não fazermos nada
que possamos nos arrepender depois. Afinal de contas, todos já receberam sua
maravilhosa graça, a saber, a salvação em Cristo Jesus. Portanto, nós temos uma
‘cadeira cativa’ no céu. Esta ‘cadeira’ é o próprio Jesus que nos assegura.
Talvez, nos perguntemos: Mas como posso ter tamanha
certeza disso? Bom! Nossa certeza está na obra de Cristo na cruz, no seu
sofrimento e tortura, na sua morte e ressurreição em nosso lugar; Podemos ter
certeza pelo Batismo que nos lava dos pecados e nos faz viver em espírito e em
verdade, como adoradores de Deus; podemos ter certeza pela Santa Ceia que
recebemos, a qual nos oferece o perdão dos pecados, vida e salvação; podemos
ter certeza disso pela Palavra de Deus, que nos mostra, afirma, testifica,
corrige e ensina.
Talvez
nós tenhamos nosso lugar preferido, lugar que sentamos aos domingos, nossa ‘cadeira
cativa’ na igreja. Mas, de fato, para
que Deus mantenha nossa ‘cadeira cativa’ no céu, basta permanecermos fiéis a
Jesus, e seguir no caminho estreito, superando as dificuldades e provações
desta vida. É isso que Deus espera de nós, pois ele quer nos ver em sua presença,
quer que nós o busquemos nos dias de angústia. Deus quer nos consolar, como
afirma o Salmo 50.15: “Invoca-me no dia
da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás”.
É incrível saber que temos um Pai tão bondoso, que nos
ama, nos corrige e orienta. Por isso, sejamos agradecidos a nosso Pai,
adorando-o em espírito e em verdade, a fim de agradá-lo. Pois já fomos aceitos
por Deus graças ao Sacrifício de Jesus, o nosso Sacerdote Perfeito.
Sendo assim, todos que manterem a fé em Cristo e
perseverarem nas provações receberão sua ‘cadeira cativa’ no céu. Que Deus
nos abençoe, a fim de permanecermos sempre bem próximos dele, a fim de
herdamos, como filhos, a morada celestial. Amém.
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