Tema: Coragem para vencer as aflições.
GoVal 05/05/2013
Régis Duarte Müller
6° Dom de Páscoa – 05/04 a 12/05/2013
Textos Bíblicos: Salmo 67; Atos
16.9-15; Apocalipse 21.9-14,21-27; João 16.23-33
Como você lida com as dificuldades? É
sabido que cada pessoa tem uma forma de lidar com as provações, dificuldades e
aflições da vida. Alguns são fortes e encaram os problemas de frente; outros
são mais frágeis e precisam da ajuda de pessoas para encarar as aflições; e tem
aqueles que estão muito fracos, os quais precisam de todo tipo de ajuda – de
amigos e pessoas que ofereçam ajuda médica e pastoral para enfrentar as
aflições que a vida impõe.
Os problemas que enfrentamos são
variados. O mundo tenta nos convencer de que estamos errados, e frente a isso
somos atacados pelo que pensamos e cremos, por isso somos alertados: “Sereis
odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até o
fim, esse será salvo” (Mt 10.22 – Ver também Jo 15.20-27 e 2Tm 3.12). Estas
são as aflições que enfrentaremos por acreditar em Jesus como Salvador, e na
Bíblia como Palavra de Deus e instrução para nossa vida. Além destas, também
passaremos por outras aflições que estão ligadas a nossa limitação humana:
problemas de saúde, familiares, financeiros, sociais, os quais nos desgastarão
muito. Todas essas coisas que iremos passar e enfrentar apenas testificam as
palavras de Jesus “No mundo, passais por aflições” (Jo 16.33).
As aflições da vida fazem parte do
contexto de todo ser humano. Todos têm motivos para reclamar, todos têm
problemas para resolver. Todas as aflições são oriundas da situação humana de
corrupção e pecados, sejam eles de saúde ou de relacionamento.
Mas afinal, o que é Aflição? “Aflição”
é um grande sofrimento; uma dor profunda, um tormento. Particularmente cada um
tem a sua, que talvez seja a cruz que carregamos e iremos levar conosco
enquanto vivermos aqui na terra. Entre elas, os problemas de saúde, as doenças,
e finalmente, a morte – que é o maior tormento/aflição de todos.
Os problemas de relacionamento também
afetam as pessoas e trazem muita dor e aflição. São as brigas e
desentendimentos familiares, matrimoniais, entre amigos etc.
Todas essas aflições são provenientes
de uma natureza corrupta e pecadora. A qual, dominando o ser humano, pode levar
a uma aflição eterna: O inferno.
Ora, pois, sofrerão esta aflição todos
aqueles que culpam a Deus por sua situação física, familiar ou social, pois são
pessoas que pecam contra o segundo mandamento; sofrerão esta aflição todos
aqueles que se desentendem, brigam, falam mal e não se retratam
perante o
próximo ou perante Deus. Todos aqueles que pecam, mas não querem pedir perdão,
não entregam a Deus suas aflições – tudo isso é resultado da queda em pecado do
homem. A consequência final do pecado é a morte.
Ao mesmo tempo em que as aflições podem
ser nossa pedra de tropeço e nos levar para o sofrimento eterno, elas podem ser
fonte de perseverança, fé e esperança. Isso porque, Deus nunca nos deixa
carregar uma carga maior do que nossas condições; isso porque Deus promete
ajudar as pessoas em todas suas necessidades; isso porque Deus é amor, e para
que não sofrêssemos a aflição da morte eterna, Deus enviou seu Filho, Jesus
Cristo, que morreu, mas ressuscitou, vencendo assim, em nosso lugar, a morte e
suas consequências.
Nenhum ser humano é capaz de mudar a
realidade da morte. E, além disso, nosso desejo é permanecer afastado de Deus,
merecendo a condenação. A fim de que pudéssemos ter acesso à nova Jerusalém,
Jesus Cristo sofreu em nosso lugar a dor e a aflição que nos era reservada por
causa do pecado. Ainda mais, antes de partir ao Céu, para ficar ao lado de Deus
Pai, Todo-Poderoso, Jesus promete nos enviar o Consolador.
Jesus conheceu o mundo e sabe das
dificuldades que enfrentamos, das dores, do choro e do luto. Mas nos consola
dizendo: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o
mundo” (J0 16.33b).
Ninguém gosta de sofrer, ninguém
gostaria de receber uma noticia como esta: “Através de muitas tribulações,
nos importa entrar no reino de Deus” (At 14.22b). No entanto, esta é a
mensagem que ouvimos de Paulo, dos outros discípulos e do próprio Jesus.
Apesar de ser difícil, e não querermos
passar por situações de dificuldade, Deus nos conforta e fortalece para que
enfrentemos todas as situações com bom ânimo, aguardando dias e tempos
melhores. Os quais, se não forem nesta vida, com certeza será na eternidade.
Ao mesmo tempo, o contexto de nossa
perícope nos anima, como lemos no versículo 20: “Em verdade, em verdade eu
vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós ficareis
tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria” (v.20). Poderíamos
pensar: Os sofrimentos são fontes de alegria? Como poderíamos nos alegrar ao
ver atentados acontecendo no mundo? Como nos alegrar com a brutalidade que
existe nas cidades rodeando nossas famílias? Como poderíamos nos alegrar diante
da dor de uma doença ou da morte de alguém querido?
A fim de que compreendêssemos isso, o
apóstolo João nos faz a comparação de uma mulher que está para dar à luz, como
vemos: “A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua
hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição,
pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem. Assim também agora
vós
tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a
vossa alegria ninguém poderá tirar” (Jo 16.21-22).
É por isso que as palavras de Jesus “tende
bom ânimo” são importantes e cruciais para nossa vida. Afinal, ainda que
soframos, a tristeza se converterá em alegria. Por isso, nos alegramos por
todas as aflições superadas, e nos unimos a Cristo para pregar a libertação do
homem das garras do inimigo.
Durante esse tempo, o Espírito Santo
vai nos consolar, orientar e guiar. E quando vierem as dificuldades, lembremos
que Jesus venceu o mundo, e também: “Seja forte e corajoso! Não se apavore,
nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”
(Js 1.9).
Que assim, as palavras de ânimo e
coragem dirigidas a Josué, também possa nos animar a viver, a testemunhar, a
proclamar os feitos de Deus e cantar-lhe hinos de louvor, enfim, para vencer as
aflições. Que nossa oração seja: “Seja Deus gracioso para conosco e nos
abençoe, e faça resplandecer sobre nós o seu rosto; para que se conheça na
terra o teu caminho e, em todas as nações, a tua salvação” (Sl 67.1-2).
Assim seja. Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário