Tema: Perdoados são os teus pecados.
GoVal/Ipatinga 16/06/2013
Régis Duarte Müller
4° Dom Ap Pentecostes – 16/06 a 23/06/2013
Textos Bíblicos: Salmo 32.1-7; 2 Samuel 11.26-12.10,13-14;
Gálatas 2.15-21; 3.10-14; Lucas 7.36-8.3
Convido
a todos a meditarmos na Palavra de Deus tendo como base os textos destinados a
esta semana, especialmente o Salmo 32, que é o segundo dos sete salmos de
“arrependimento” (6, 32, 38, 51, 102, 130 e 143). Neste Salmo, Davi chama atenção sobre a necessidade de falar, de
confessar os erros cometidos, entendendo que a culpa reprimida se torna um
fardo insuportável.
Davi
fala de algo que tem afetado de forma bastante expressiva as pessoas do
presente século. Na verdade, um dos grandes problemas enfrentados pelas pessoas
chama-se: “Depressão” ou “Estresse”, também conhecido como “o mal do século”. Ela
surge exatamente por deixarmos de falar e compartilhar os problemas. Portanto, a
necessidade de falar e confessar os pecados se torna algo fundamental para a
saúde, tanto física quanto espiritual.
Acontece
que as pessoas não tem dado mais tanta importância para os ensinos da Palavra
de Deus, e por isso buscam ajuda em profissionais do mundo. Acontece que é
exatamente isso que os psicólogos de hoje afirmam, como podemos ver: "O que não é
dito faz escrita no próprio corpo. Obstruindo uma veia, destruindo um órgão,
abrindo feridas ou descamando a pele do corpo. Feridas que mostram que as
coisas não vão bem, que algo não está sendo dito, em palavras" (Andreneide
Dantas, Psicóloga e Psicanalista, http://www.escutaanalitica.com.br/psico.htm).
Esta
é a constatação de uma profissional de nossos dias da área da saúde e emocional
das pessoas, demonstrando a importância de falar a respeito das coisas que
estão trazendo aflições. Esses problemas podem surgir do stress do dia-a-dia,
pode ser a ansiedade que ataca, além dos pecados que não são confessados.
O
rei Davi nos diz algo muito parecido com as palavras da psicóloga, chamando
atenção à importância de falar e/ou de confessar os pecados: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram
os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia” (Sl 32.3). Davi
reconhece o quanto estava sofrendo por deixar de confessar seus pecados.
Pecados
inconfessos podem trazer sérias consequências ao ser humano, podem afetar até
mesmo a saúde física levando a várias doenças, mas principalmente, pecados
inconfessos significa carregar uma carga superior à capacidade, um fardo
insuportável, viver em desacordo com a vontade de Deus e merecendo por isso, o
castigo eterno.
Não
há duvidas de que somos pessoas fortes, que temos muitas capacidades, que
conseguimos resolver nossos problemas. Contudo, ser forte e capaz por acaso
significa que não podemos pedir ajuda? Que não podemos falar? Que não podemos
passar por ansiedade ou pecar?
O próprio rei Davi afirma em outra ocasião “em pecado me concebeu minha mãe” (Sl
51.5), demonstrando que somos pecadores por natureza, que já nascemos pecadores
e pré-dispostos ao erro.
O pecado está presente em nossa vida, e ninguém é capaz
de ser perfeito, santo. O pecado nos aflige a consciência, causa sofrimento e
nos afasta de Deus. Viver em pecado é escolher abandonar a presença amorosa de
Deus. Viver em pecado é sentir a mão de Deus pesando dia e noite, acabando com
todo vigor (Sl 32.4).
Os
pecados são uma triste realizada na vida das pessoas, e por causa dos nossos
pecados enfrentamos muitos problemas: doenças, ansiedades, e principalmente, merecemos
a morte. Davi merecia a morte, reconheceu isso, mas Deus o perdoou e Davi não
morreu.
Ora,
pois, os pecados podem ser perdoados sim, por mais graves que possam parecer.
Deus é amor, Deus é misericórdia e quer perdoar o mundo inteiro, por isso
enviou seu único filho ao mundo. É nesta situação que surgem as perguntas:
Queremos receber o perdão de fato? Mas então, porque não confessamos nossos
erros? Davi diz que após confessar os pecados sentiu-se aliviado, pois Deus
perdoou a sua maldade.
Esse é o grande ponto. Os psicólogos e psicanalistas
dizem: se existem problemas, fale. Foi isso que Davi constatou, e assim ele
agiu: “Confessei-te o meu pecado e a
minha iniquidade não mais ocultei. Disse: Confessarei ao SENHOR as minhas
transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado” (Sl 32.5).
Não precisamos temer, não precisamos imaginar o que os
outros vão pensar. Na verdade, precisamos falar – confessar os pecados para
aliviar a carga pesada que tentamos carregar sozinhos.
Dessa forma, a fuga do sofrimento e das doenças é correr
para nosso Advogado, Jesus Cristo, o Justo. É Jesus que irá assumir a nossa
‘bronca’, pleitear o nosso caso e obterá o perdão para nós. E no fim, nos dirá:
“Perdoados são os teus pecados” (Lc
7.48).
A
confissão de Davi é a experiência de todos os cristãos. Quando se calou,
resistindo a Deus, a luta íntima entre a consciência e a convicção secou o
próprio vigor da vida. Mas, quando disse: “confessarei...
as minhas transgressões”, então, Deus o perdoou.
Deus
nos perdoa das nossas maldades, não importa quão imensa possa parecer. Mas não
apenas isso, ele também nos mostra como agir. Como diz o SENHOR: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que
deves seguir” (Sl 32.8ª).
Deus nos aceita como somos e nos diz: "Perdoados são os teus pecados". Demos
graças ao Senhor que perdoa, demos graças ao Senhor que nos instrui e ensina o
caminho em que devemos andar. Que nossa oração seja “Senhor, te peço, guia meus
passos. Orienta meus pensamentos e decisões. Perdoa os meus pecados e me livra
das tentações, pois sei que com teu cuidado e orientação contínua teremos
Triunfo. Por teu filho, nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Amém”.
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