Tema: Segue-me!
GoVal/Conselheiro Pena 30/06/2013
Régis Duarte Müller
6° Dom Ap Pentecostes – 30/06 a 07/07/2013
Textos Bíblicos: Salmo 16; 1 Reis 19.9b-21; Gálatas
5.1,13-25; Lucas 9.51-62
Você
aceitou Jesus? Quem aceitou Jesus? São muitos os que dizem ter aceitado a
Jesus, mas quando o assunto é segui-lo, são poucos os seus seguidores! Na
bíblia encontramos vários personagens que ‘aceitaram’ a Jesus, mas na hora de
colocar em prática não agiram assim (os 10 leprosos, apenas um voltou; o jovem
rico não quis deixar suas coisas para seguir a Jesus; Alguns precisam
despedir-se ou sepultar um familiar; o próprio Elias, profeta de Deus estava
tentando desviar seu caminho por temer a morte), é fácil aceitar Jesus, difícil
e vive-lo!
Quando
lemos o texto do Evangelho para hoje nos deparamos com duas situações: 1° Os samaritanos não receberam Jesus e seus discípulos
(como eram de povos distintos e não se davam bem, eles negaram ajuda – prática
costumeira entre aqueles povos); 2° Jesus coloca à prova aqueles que queriam
segui-lo (isso porque muitos declaravam querer ir com Jesus, no entanto, não
deixavam para trás seus pertences e familiares). Seguir a Jesus é uma mudança
de vida.
O Evangelho do Dia (Lucas 9.51-62) trata severamente a
situação de muitos ‘seguidores’ de Cristo. Pois são muitos os que dizem ter
aceitado Jesus, muitos são os que dizem querer segui-lo, mas poucos de fato,
são os que deixam tudo para trás para fazer o que Jesus espera.
Aplicando os exemplos para nossa vida, quais seriam
nossas atitudes? Estenderíamos a mão a alguém necessitado mesmo que fosse um
‘inimigo’? O que tenho feito para Cristo? Na verdade, o que tenho deixado de
fazer em minha vida (algo particular, de interesse unicamente próprio) para
seguir a Cristo?
Seguir a Cristo é viver a liberdade que ele nos
conquistou. Fomos libertos da escravidão do pecado, mas como seguidores de
Cristo nossa liberdade é limitada a amar o próximo. Neste instante precisamos
fazer sacrifícios para seguir a Cristo. Olhar para trás é um erro, pois Jesus
diz: “ninguém que tendo posto mão no
arado, olha para trás é apto para o reino de Deus” (v.62).
Vivemos em certa zona de conforto, e gostamos dela. Na
verdade, somos escravos do próprio bem-estar. Seguir a Cristo significa deixar
de lado tal bem-estar e trabalhar em prol do próximo e da obra de Cristo.
Essa foi a liberdade que Cristo conquistou. Todos foram
comprados pelo santo e precioso sangue de Cristo, e é nesse sentido que Paulo
nos diz: “Permanecei, pois, firmes na
liberdade para a qual Cristo nos libertou” (Gl 5.1).
Paulo admoesta para a vigilância e persistência, as quais
são necessárias para seguirmos firmes a verdadeira liberdade, que o próprio
Paulo explica: “Porque vós, irmãos,
fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à
carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor” (Gl 5.13).
Paulo explica como devemos usar a liberdade conquistada
por Cristo. Primeiro ele apresenta os frutos da carne, os quais, precisamos
evitar. Acontece que muitas vezes, ao invés de interpretar tudo da melhor
maneira, preferimos alimentar intrigas, e por isso Paulo chama atenção: “Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns
aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos” (v.15).
Em seguida Paulo preocupa-se em separar o que vem do
Espírito e o que são obras da carne, iniciando pelas obras da carne: “prostituição, impureza, inimizades, porfias
(teimosia, discussão), ciúmes, iras, discórdias, dissensões (desacordo de
ideias, opiniões, interesses), facções (disputas entre grupos políticos, por
exemplo), invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas”. Paulo afirma que todos estes que assim
procedem não herdarão o reino de Deus.
Por outro lado, Paulo destaca os frutos do Espírito: “amor, alegria, paz, longanimidade
(suportar
com paciência a provação), benignidade,
bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”
(v.22,23).
Por causa de Cristo, o que faz parte da carne, com suas
paixões e concupiscências (avidez, ganância, apetite sexual) devem ficar para
trás, de modo que, se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito
(v.24,25).
Todos
devem lembrar o que Jesus disse àqueles que desejavam ser seguidores: “Ninguém que, tendo posto a mão no arado,
olha para trás é apto para o reino de Deus” (Lc 9.62).
Na
verdade, seguir a Jesus exige dedicação, esforço e sacrifício. É necessário
sair da zona de conforto, do bem-estar que desfrutamos e colaborar para o
crescimento do reino de Deus. Isto significa olhar para frente, cuidar com as
distrações e carregar a liberdade conquistada por Cristo para servir uns aos
outros. Afinal, se queremos uma lei, escutemos as palavras de Paulo: “Porque toda a lei se cumpre em um só
preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Gl 5.14).
Sendo
assim, se o Espírito Santo tocou seu coração e criou a fé salvadora, se você
está disposto a contribuir para o crescimento do reino de Deus, e à prática da
verdadeira liberdade, deixe a zona de conforto e o bem-estar para trás,
arremangue as mangas e dedique-se para Cristo que está te dizendo neste
instante: Segue-me. Amém.
Auxílios para
anunciar a Boa-Nova: Perícopes da Carta aos Gálatas na pregação de Martinho
Lutero.
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