Comunidade Evangélica Luterana "Cristo"

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sexta-feira, 4 de maio de 2012

5° Domingo de Páscoa - Os Falsos Mestres e Jesus Cristo


Confessar Jesus Cristo e Amar as Outras Pessoas”.
GoVal 06/05/2012
Régis Duarte Müller
5° Domingo de Páscoa – 06/05 a 13/05/2012
Textos Bíblicos: Salmo 150; Atos 8.26-40; 1 João 4.1-11(12-21); João 15.1-8

            Pois bem, temos visto a três domingos os ensinamentos do Apóstolo João. Já pudemos compreender claramente sua grande mensagem. O apóstolo do amor prega a mensagem de amor, tanto é que ele repete o verbete em 62 oportunidades.
            Contudo, precisamos partir pelo fato de que suas cartas eram destinadas a Igrejas, pessoas que já compartilhavam da fé cristã. Logo, o objetivo de João não é evangelizar com o intuito de ganhar nossas vidas para Cristo, mas ensinar e alertar a todos cristãos. Por isso, a mensagem de João não é apenas amor, pois também adverte quanto aos falsos mestres que querem espalhar as ovelhas e que não confessam Jesus Cristo.
            Vamos tentar compreender o objetivo de João um pouquinho melhor!
            Existia um grupo de pessoas que não confessam a fé Jesus Cristo. Eles diziam que Cristo não havia vindo em carne (quer dizer, negam que o Verbo se fez carne e habitou entre nós, Jo 1.14), como podemos ver:
João está escrevendo para advertir seus leitores sobre os falsos mestres que estão ativamente tentando enganá-los (2.26)... “Lobos vorazes” estavam despedaçando o rebanho, e João rotula-os de “falsos mestres” (1Jo 4.1), “enganadores” (2Jo 7) e “anticristos” (1Jo 2.18; 4.3; 2Jo 7). (CARSON, D. A. MOO, Douglas J. MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo, Vida Nova, 1997, p.501).

Estes mesmos, também se achavam os eleitos. Sim, eleitos por não terem sido escolhidos por Deus, mas pelo fato de que teriam uma vida espiritual. Por esse motivo, pensavam possuir capacidades para receber o conhecimento.
Partindo desse pensamento, eles menosprezavam as outras pessoas, pois somente eles eram capazes de encontrar o verdadeiro “conhecimento”. Essas pessoas, na verdade, promoviam a discórdia e a seletividade, enquanto João instrui os seus “membros” a amarem uns aos outros. (CARSON, D. A, p.502).
Do mesmo modo que João e os cristãos de sua época enfrentavam falsos mestres e ensinamentos que colocam em xeque a Palavra de Deus, hoje também encontramos pessoas e grupos que atacam aos cristãos e dificultam a compreensão correta das pessoas, criando muitas barreiras e dúvidas em suas mentes. Como por exemplo: Afinal, o que devo fazer: crer em Jesus ou buscar a salvação por conta própria?
Aqui, então, podemos reconhecer a diferentes entre dois espíritos: O espírito da verdade e o espírito do erro. Isso torna a mensagem de João extremamente importante, pois os cristãos precisam ter consciência plena de quem é Jesus Cristo para que não venha a perder sua fé.
Ora, pois, o espírito do erro não confessa a Jesus Cristo, mas nega sua existência, de forma que este pensamento procede do mundo. Em contrapartida, o espírito da verdade confessa que Jesus Cristo veio em carne, de modo que demonstra ao mundo a essência de Deus: Deus é amor e entregou seu próprio Filho, a fim de que as pessoas que nEle acreditarem tenham vida, e vida em abundância (Jo 10.10).
É por isso que o ensino de João se baseia em três marcas, que considera como sendo o cristianismo autentico: 1. Jesus é verdadeiramente vindo na carne, 2. Obediência aos mandamentos de Deus através de Jesus Cristo, 3. Uma vida de atitude de amor a Deus e pelo próximo.
João até parece estar trazendo um ensino novo, mas na verdade são os mesmos antigos mandamentos de Deus. De modo que, também o amor, é um mandamento antigo: Realmente o amor é um “velho” mandamento, pelo qual, pela fé em Jesus Cristo, cristãos genuínos aprendem a amar uns aos outros e a obedecer à verdade. Logo, o amor se mostra uma ATITUDE comum entre os cristãos com relação aos irmãos e a Deus. É nesse sentido que João escreve: “Amados, amem uns aos outros, porque o amor vem de Deus; e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1Jo 4.7). Quer dizer, é o cristianismo em ação, é o amor em atitude. (Carson, p.508).
Deste modo, o ponto chave para nossa compreensão do assunto se encontra na definição do amor, da sua origem. Ora, o amor não é algo que alguém deseja e pode ter ou adquirir por conta própria (como pensavam os falsos mestres e grupos que buscam a evolução pessoal), mas é somente Deus que concede o amor que é encontrado nas pessoas. Portanto,
“O começo do amor se encontra no amor revelado por Deus, e a verdadeira natureza do amor se conhece levando-se em conta o que significa o amor no caso de Deus (1Jo 4.9ss; 19). Porém se o amor pertence unicamente a Deus, se entende que qualquer que mostra amor deve pertencer a Deus: é nascido de Deus e agora vive no conhecimento de Deus. João não diz “todo aquele que é nascido de Deus, ama”, com o objetivo de tornar uma obrigação, mas quer dizer que: (todo) o amor vem de Deus, portanto, todos os que amam são nascidos de Deus. Aqui, João está DEFININDO e não exortando” (Marshall, p.209).
Assim podemos reconhecer e diferenciar os falsos profetas, enganadores e anticristos dos verdadeiros adoradores de Deus. Pois a diferença primordial encontra-se na FÉ em JESUS CRISTO e no AMOR que é demonstrado para com o próximo em atitude. E o próprio Apóstolo João também nos diz e diferencia o espírito da verdade e o espírito do erro: “Nisto reconhecei o espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que NÃO confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo” e também: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1Jo 4.2,3 e 7,8).
Desta forma, diferente do que ensinam os falsos mestres e enganadores, não somos nós quem evoluímos espiritualmente e nos tornamos uma divindade própria ou algo parecido, mas todo amor vivido entre os cristãos procede unicamente de Deus, como vemos: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” e também: “Nós amamos porque Deus amou primeiro” (1Jo 4.11 e 19).
Portanto, o mandamento que recebemos de Deus é bastante simples e abrange todos os cristãos: “Que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão” (1Jo 4.21). Logo, a premissa/a base cristã é: Confessar Jesus Cristo e Amar as outras Pessoas. Amém.

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