Tema: Segurança? Somente com Deus.
GoVal/Conselheiro Pena 29/09/2013
Régis Duarte Müller
19° Dom Ap Pentecostes – 29/09 a 06/10/2013
Textos Bíblicos: Salmo 146; Amós 6.1-7; 1
Timóteo 3.1-13 ou 6.6-19; Lucas 16.19-31
Vivemos
em dias de muita insegurança. As pessoas têm medo de sair de casa e serem
assaltadas, roubadas ou até sequestradas. A fim de se sentirem um pouco mais
seguras colocam em suas casas altas grades, alarmes, cercas elétricas e até câmeras
de filmagem. Tudo isso oferece, às pessoas, certa segurança, de modo que não ficam
com tanto
medo quanto andar pelas ruas da cidade.
Todas
as pessoas querem segurança. Então, se um cidadão comum almeja segurança,
imagina como o governo, ou outros meios importantes não a almejam? A fim de preservar
a segurança, os governantes, autoridades, enfim, criam grandes sistemas de
segurança. Acontece que dias atrás notamos que mesmo lugares superprotegidos
podem falhar. Foi assim no caso do massacre na instalação militar nos EUA (http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/autoridades-descartam-segundo-suspeito-de-massacre-nos-eua).
O
fato é que os governantes sempre buscam suas formas para resolver as coisas e
alcançar a segurança almejada. Alguns através de espionagem, outros através de
armas, outros através de seus deuses... Foi assim na época do Rei Jeroboão, no
reino do norte de Israel.
Na
época dos reis Jeroboão I e II, o povo adotou duas falsas seguranças: 1 –
Criaram um deus falso (época do rei Jeroboão I). O rei implantou a prática e o povo
adorava a imagem de um bezerro; 2 – Diante de uma época muito próspera (época
do rei Jeroboão II) as pessoas foram divididas em duas classes Ricos e Pobres.
Nesse
contexto, Amós, um homem simples, criador de ovelhas e gado, e ainda, podador
de figueiras, foi chamado por Deus para ser profeta. Seu objetivo era chamar a
atenção do povo e anunciar o Juízo de Israel, ou como ele mesmo chama: “O Dia
do SENHOR”.
“O Dia do SENHOR”
é dia de trevas, sem claridade alguma. O Dia do SENHOR é como fugir do Leão e
defrontar com um Urso (Amos 5.18-20). O Dia do SENHOR é dia de sofrimento e
angústia, contudo, é iminente a destruição de Israel diante da situação de
corrupção do povo.
Infelizmente,
Amós não foi atendido e o reino foi destruído. Contudo, seu ‘grito’ profético
continua ecoando nos dias atuais diante das diferenças sociais (pois se na
época de Amós foi criado Classes de ricos e pobres, hoje temos as classes A –
até – H); Diante disso vemos aqueles que comandam e recebem todos os tipos de
benefícios, vivendo em extremo luxo e riqueza, e aqueles que vivem à margem da
sociedade, mendigando e lutando para sobreviver.
Essa
triste realidade aponta a extorsão e o mal uso de poder que levam pessoas à
aflição e ao sofrimento, à necessidade de mendigar migalhas que caem da mesa de pessoas que
esbanjam a riqueza alcançada pela exploração. Amós chama nossa atenção: ele quer
nos acordar da omissão para a ação
em prol dos mais necessitados, em prol da propagação do Reino de Deus.
Os bens
e as riquezas que recebemos de Deus são bênçãos maravilhosas para nosso bom
uso, sustento próprio e do próximo. Contudo, ouvimos as palavras de Amós: “Ai dos que andam à vontade em Sião” (Amo
6.1) – Na verdade, Deus está nos dizendo: Ai de vocês que somente se preocupam
consigo mesmos; ai de vocês que não notam os humildes, os necessitados, os
abandonados; Ai de vocês que atendem a falsos deuses e não escutam os ensinos
do SENHOR; Ai de vocês que confiam na própria riqueza...
Na
época de Amós, o povo se sentia seguro em sua religiosidade, mas não percebiam
seus graves pecados, que os tornavam indistinguíveis das nações pagãs. E hoje,
será que também nos sentimos falsamente seguros por participarmos de uma
Igreja? Será que nos sentimos ‘seguros’ por causa dos bens que possuímos? Por
causa do cargo que temos?
Infelizmente,
por mais ‘seguros’ que possamos estar, aparentemente, nenhuma dessas coisas
(cargo, posição social, dinheiro, religiosidade), podem nos conceder a
verdadeira segurança.
Mas então, onde podemos encontrar segurança? Na estação
militar a segurança é falha; Casas e apartamentos são invadidos com frequência;
O dinheiro não dá segurança, nem mesmo o status social ou o cargo oferece
segurança. Então, em que devemos confiar?
Realmente, nada destas coisas podem oferecer a verdadeira
segurança, afinal, a verdadeira segurança está em Deus – o Senhor. É Deus que
oferece o trabalho, o sustento, os bens e tudo o mais. É Deus que ainda os conserva,
como vemos na explicação de Lutero ao Primeiro Artigo:
“Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, Criador do céu e da
terra”, que significa: “Creio que Deus me
criou a mim e a todas as criaturas; e me deu corpo e alma, olhos, ouvidos e
todos os membros, razão e todos os sentidos, e ainda os conserva; além disso,
me dá vestes, calçados, comida e bebida, casa e lar, esposa e filhos, campos,
gado e todos os bens. Supre-me abundante e diariamente de todo o necessário
para o corpo e a vida; protege-me contra todos os perigos e me guarda de todo o
mal. E tudo isso faz unicamente por sua paterna e divina misericórdia, sem
nenhum mérito ou dignidade da minha parte. Por tudo isto devo dar-lhe graças e
louvor, servi-lo e obedecer-lhe. Isto é certamente verdade” (Catecismo
Menor, explicação Primeiro Artigo, Da Criação).
Realmente podemos confiar em Deus, pois ele nos oferece
segurança. Como afirma o Salmo de Davi: “Bem-aventurado
aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no SENHOR,
seu Deus” (Sl 146.5).
Segurança?
Somente em Deus. Sendo assim, dizemos com o coração agradecido: “Aleluia! Louva, ó minha alma, ao SENHOR.
Louvarei ao SENHOR durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus,
enquanto eu viver” (Sl 146.1-2). Que assim seja. Amém.